01. UM PASSEIO E UM LOBO
CAPÍTULO UM
❛ um passeio e um lobo ❜
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EU NUNCA ESPEREI me tornar mãe tão jovem. Eve, minha filha, era meu mundo inteiro e minha amiga mais próxima - por mais ridículo que isso soasse. Não tenho muitos amigos e realmente nunca tive. Agora que tenho Eve, nunca me sinto sozinha. Ela fez cinco meses na semana passada e passei o dia inteiro chorando, sabendo que meu bebê estava crescendo e eu não conseguia parar.
Meu próprio aniversário - meu décimo sétimo - foi há dois meses e meio. Josie e Lizzie fizeram um bolo para mim, e nós o comemos juntas no quarto delas, o que eu apreciei. Eu as amo, mesmo que não saiamos mais tanto. Sou mais próxima de Jo do que de Lizzie, mas amo as duas da mesma forma.
Hoje, Hope Mikaelson e meu pai estavam trazendo um novo aluno: um lobisomem de Atlanta chamado Rafael. Supostamente, ele tinha um irmão adotivo que era humano, que um vampiro teria que obrigar a esquecer. Lizzie e Josie estavam fazendo o tour para o garoto novo. Enquanto eu estava ocupada com as aulas, tive a sorte de que nossa conselheira escolar, Emma, pudesse cuidar de Eve para mim.
— Vamos, Essie. — Josie estava me implorando, suas mãos entrelaçadas firmemente na frente do queixo. Ela estava sentada na ponta da minha cama enquanto eu me maquiava um pouco. — Por favor, faça o tour conosco.
Virei-me sobre os calcanhares para encarar minha irmãzinha. Suspirei, colocando as mãos nos quadris. Ela estava me implorando a manhã toda para fazer esse passeio com ela e Lizzie. Eu realmente não queria, conhecer pessoas não era minha praia, mas não conseguia dizer não a ela quando ela me olhava daquele jeito.
Eve tinha os grandes olhos castanhos de Josie, o que era perigoso, quando se tratava de me fazer ceder às coisas. Eu só conseguia imaginar como Eve seria quando tivesse idade suficiente para me implorar. Eu certamente estaria frita.
— Tudo bem. — suspirei, arrastando a palavra.
Josie imediatamente se levantou, com um largo sorriso no rosto enquanto me puxava para um abraço. Juntas, pegamos Lizzie, e então nós três fomos até a entrada da escola enquanto esperávamos o papai voltar.
— Bem-vindos à Escola Salvatore. — Lizzie começou em um tom feliz, seu sorriso brilhante à mostra. — Nós somos suas guias turísticas.
— Eu sou Josie. — disse Josie, apresentando-se a Rafael e Landon, que estavam na nossa frente.
— Eu sou Lizzie. — Lizzie repetiu logo depois. Ela se virou para mim. — Esta é Esme.
Dei um pequeno sorriso educado para Rafael e Landon.
— Somos todas irmãs. — Lizzie explicou alegremente.
— Eu e Lizzie somos gêmeas. Essie é nossa irmã mais velha por um pouco mais de um ano. — Josie elaborou mais para os dois meninos.
— Somos fraternais. Obviamente. — Lizzie acrescentou brincando, embora Rafael não parecesse tão divertido.
— Rafael. — papai falou. — Por que você não vai na frente com as meninas enquanto eu falo com Landon?
Josie estava se movendo em um instante, indo até Rafael para entrelaçar seu braço com o dele. Lizzie estava logo atrás dela. Dei um suspiro suave, esperando que só eu ouvisse. No entanto, vi Hope Mikaelson me dar um pequeno sorriso privado, um brilho nos olhos. Corei, percebendo que ela me ouviu. Juntei meu braço ao de Lizzie.
— Bom dia, Hope. — Josie disse para a garota.
— Bom dia. — cumprimentei-a suavemente, virando-me para olhá-la mais uma vez, com um dos meus pequenos sorrisos no rosto.
— Bom dia, Hope. — Lizzie continuou, não querendo ser a única que não lhe disse nada.
— Bom dia, meninas. — a voz suave e calorosa de Hope respondeu calmamente. Eu nunca tinha percebido isso antes, mas ela tinha uma voz estranhamente suave.
— Mais como desespero. — Lizzie teve que acrescentar.
— Eu ouvi isso. — Hope gritou para elas enquanto começavam a andar.
— Não, você não fez isso! — Lizzie gritou de volta.
— Não precisava. — foi a resposta de Hope, me fazendo rir um pouco.
— Todos, comportem-se. — avisou meu pai.
— Amo você, pai. — Lizzie e Josie falaram em uníssono, o que me fez rir um pouco mais.
— Todo mundo se dá bem com todo mundo aqui, na maior parte do tempo. — Josie estava dizendo para começar o passeio de Rafael, enquanto eles estavam virando em um corredor. Eu ainda não tinha certeza do porquê Jo queria que eu fosse com eles, já que eu não falava muito com estranhos, mas eu estava lá por ela e Lizzie mesmo assim.
— Os lobos são bem agrupados. Eles gostam de ficar com os seus. — disse Lizzie.
A conversa voltou para Josie. As gêmeas estavam falando assim desde que aprenderam a falar, então eu estava bem acostumada com o jeito delas falarem juntas. — Desafiando o compromisso da escola com a inclusão.
— É por isso que nos voluntariamos para ser seus guias turísticos. Para lhe dar uma boa recepção de bruxa, antes que seus irmãos peludos a corrompam. — Lizzie disse enquanto eles diminuíam a velocidade até parar em frente a uma sala de aula que o Sr. Williams estava ensinando.
Josie apontou pela pequena janela da porta, bem para o Sr. Williams. — Esse é o nosso bibliotecário, Sr. Williams. Ele está substituindo nosso professor de Química da Magia, que acidentalmente se incinerou na semana passada no fogo do inferno.
— Queimou todos os pelos do corpo, mas não deixou cicatriz.
Podíamos ouvir muito fracamente a conversa abafada na sala de aula. O Sr. Williams estava explicando o quão cuidadosa era a pronúncia de uma bruxa, e então ele pediu a Penelope Park, a ex de Josie, para demonstrar como um feitiço de amor poderia se transformar em uma bomba fedorenta.
— Aquela que não deve ser nomeada. — Lizzie disse com desgosto.
— Falar sobre ela lhe dá poder. — disse Josie, chateada.
— De quem vocês estão falando? — Rafael perguntou pela primeira vez na turnê até agora.
— A ex-namorada malvada da Josie. — Lizzie olhou para ele antes de olhar novamente para a sala de aula.
Os olhos afiados de Penelope agora estavam olhando de volta para uma Josie desconfortável. — Phesmatos é lucas odoray. — ela gritou, uma bomba fedorenta apareceu e então explodiu em seu rosto, fazendo com que ela e as pessoas ao redor tossissem.
— É isso mesmo... Um período de mau cheiro. — disse o Sr. Williams, enquanto todos começavam a rir em meio à tosse.
O cheiro atravessou a porta e chegou até nós, fazendo com que Rafael e eu tapássemos o nariz, enquanto Josie e Lizzie faziam caretas.
— Vamos. — Lizzie virou-se para ele. — Nós mostraremos a torre. É onde os veteranos vão fumar. — ela sorriu.
— O que eles fumam, olho de salamandra? — Rafael questionou, com um pequeno sorriso no rosto.
— Erva. — Josie sorriu, virando-se.
Observei Rafael sorrir suavemente para si mesmo, divertido, enquanto todos nós nos afastávamos.
— Alyssa Chang fez uma vassoura voar em física no ano passado, mas Rick Rogers caiu nove metros durante o treino, então o Quadribol da vida real continua sendo um sonho distante. — Lizzie disse enquanto nós quatro caminhávamos pelo campo. Ela gesticulou para os alunos que jogavam no campo. — É chamado Wickery. Meus pais inventaram quando tínhamos dez anos e Essie tinha onze.
Lizzie ficou para trás para continuar falando com Rafael, enquanto Josie pegou minha mão e caminhou na minha direção, até onde MG estava sentado.
— Hey. — Josie sorriu. Eu acenei para ele. Ele era uma das pessoas muito limitadas nesta escola com quem eu era amigável.
— Ei. — MG disse enquanto nos sentávamos, Josie entre MG e eu. — Desistir do cara novo tão rápido? — ele perguntou a Jo.
— Não é uma competição. — Josie disse, virando-se para olhar para MG. — Além disso, ainda estou cuidando de uma alma ferida.
— Hmm. Penelope Park. — MG reconheceu, assentindo.
— Não mencionamos mais o nome dela, lembra? — Josie olhou para ele com as sobrancelhas levantadas, antes de rir um pouco.
MG riu. — Desculpe.
Depois de um momento, ele falou novamente. — Você acha que ele vai atrás dela?
— Provavelmente. Geralmente sim.
— Você nunca sabe. — eu intervir, dando de ombros. — Ele pode ser diferente. Ainda não o conhecemos.
— Okay. — MG disse tristemente. Eu me senti mal por ele. Ele tinha uma queda por Lizzie desde o momento em que chegou à Escola Salvatore, e ela nunca retribuiu. Em vez disso, Lizzie perseguia garotos e garotas que a machucavam, enquanto havia um cara legal que a trataria bem na frente dela. Eu amo minha irmã, mas ela podia ser muito indiferente.
Depois de encontrar Lizzie tendo um colapso na cozinha, Josie e eu corremos para fora, onde papai estava com Hope, para contar a ele o que estava acontecendo.
— Pai? — nós duas dissemos ao mesmo tempo, fazendo com que papai e Hope se virassem para nós.
Josie estava encostada em uma árvore magra. — Limpeza no corredor 'L.'
Eu observei enquanto papai suspirava, fechando sua garrafa de água. Ele se virou para Hope e então foi embora.
O sol finalmente se pôs e o dia chegou ao fim. Eu estava cansada do passeio com Rafael, e depois de ver Lizzie naquele estado. Foi difícil para mim ver minha irmã daquele jeito. Eu sei que ela tem dificuldades, e eu só queria que houvesse algo que pudesse fazer para ajudá-la. Como sua irmã mais velha, sinto que quero proteger as gêmeas de tudo. Isso só aumentou quando me tornei mãe.
Sou apenas um ano mais velha que Lizzie e Josie, mas hoje em dia, sinto-me tão maternal em relação a elas. Papai me diz que quando elas choravam quando bebês, eu sempre era a pessoa que as confortava. Acho que sempre fui assim.
Eu me virei na cama, suspirando. Eu não conseguia ficar confortável esta noite. Eu encarei Eve em seu berço, que estava ao lado da minha cama. Ela estava dormindo profundamente. Eu tive sorte de ter um quarto individual, sem colegas de quarto, então eu não tinha que me preocupar com outra pessoa acordando Eve, ou Eve perturbando minha colega de quarto.
Houve noites - como esta - em que fiquei particularmente angustiada. Às vezes, eu ficava acordada por horas e, quando adormecia, sempre acordava em um horário estranho. Não sei por que fiquei assim. Tudo o que eu sabia era que queria que isso parasse. Já era horrível estar angustiada o suficiente, mas não conseguir dormir só amplificava esses sentimentos. Foi muito ruim quando eu estava grávida de Eve. Aqueles meses foram uma tortura, e fiquei tão aliviada quando eles acabaram. Eu preferiria uma recém-nascida chorando a uma barriga gigante de grávida a qualquer dia.
Ouvi Eve começando a acordar, e então seus gritos suaves começaram. Suspirei mais uma vez, sentando-me e pegando-a em meus braços. Tive sorte que ela era um bebê relativamente calmo. Fui até a cozinha para fazer uma mamadeira para ela, e então decidi dar uma volta enquanto ela comia. Havia uma festa acontecendo no Old Mill, então fiz questão de andar pelos acres dos fundos.
Estava perfeitamente silencioso e escuro aqui fora, exceto pelos pequenos sons de sucção de Eve enquanto ela bebia sua mamadeira. Enquanto eu respirava o ar fresco, comecei a relaxar lentamente. Talvez eu devesse começar a fazer isso mais vezes, sair para caminhar quando não consigo dormir. Parecia estar realmente ajudando, e Eve parecia gostar também.
Eu estava começando a me perder em meus pensamentos enquanto olhava para Eve em meus braços quando ouvi um suave som de rosnado na terra, alguns metros à minha frente. Minha cabeça se levantou de repente, e meus olhos pousaram em um lobo branco-prateado com olhos amarelos.
Meu coração começou a bater forte, embora eu pudesse ver que o aluno que estava atualmente na forma de lobo estava se esforçando para se manter sob controle. Então, talvez, minha ideia de voltar aqui não tenha sido uma boa ideia.
O lobo parou, simplesmente me encarando enquanto eu começava a andar lentamente de volta, tentando permanecer calma, pois não queria fazer Eve chorar ou provocar o lobo. Eu sei que eles não estão em controle total como lobos, então tentei manter a tranquilidade, embora estivesse tendo dificuldades.
Meus olhos azuis permaneceram fixos neste lobo misterioso enquanto ele recuava lentamente, para dentro da floresta, e então, depois de alguns momentos, Hope Mikaelson saiu, agora vestida com um moletom grande demais. Ela deve tê-lo deixado do lado de fora para facilitar a troca.
— Esme! Você realmente deveria ter cuidado aqui fora. Eu, ou outra pessoa, poderia ter matado você! — Hope avisou, preocupação estampada em seu lindo rosto.
Eu assenti vigorosamente. — Desculpe, desculpe. Eu só queria dar uma volta enquanto alimentava Eve. Vou voltar para o meu quarto. Desculpe de novo.
Hope soltou um suspiro. — Está tudo bem. Eu só não quero que nada aconteça com você, ou com a bebê Eve.
Dei a ela um sorriso educado, assentindo novamente, mais suave e lentamente dessa vez. — Bem, eu realmente deveria levar essa garota para a cama.
— Claro. — Hope sorriu. — Boa noite, Esme.
— Boa noite, Hope. — dei um pequeno aceno para ela e voltei para dentro da escola, para o meu dormitório. Suspirei quando entrei, envergonhada com o que aconteceu lá fora, mesmo que eu não tenha necessariamente feito nada errado. Foi apenas estranho. Quase parecia que eu tinha sido pega fazendo algo errado.
Balancei a cabeça, afastando os pensamentos com ela. Eu realmente precisava superar essa minha ansiedade social. Coloquei Eve no berço. Ela já estava com sono, então eu sabia que ela adormeceria logo, se não imediatamente.
Um pouco mais tarde, quando eu estava prestes a dormir, ouvi minha porta abrir silenciosamente. Olhei para cima e vi Lizzie e Josie entrando, na ponta dos pés para não acordar Eve.
— Meninas? — perguntei suavemente. — O que houve?
As duas se arrastaram para minha cama pequena demais para nós três, Lizzie à minha esquerda e Josie à minha direita. — O que está acontecendo? — eu perguntei.
Josie suspirou. — Acabei de ver MG com a língua na garganta de você-sabe-quem.
Eu engasguei levemente. — O quê?
— Nojento! — Lizzie exclamou baixinho. — Ele deveria saber melhor do que ficar com o Lorde das Trevas.
— Meu Deus, por que diabos ele faria isso? — perguntei retoricamente, meu tom era de descrença. MG era o melhor amigo de Josie - como ele pôde fazer isso com ela?
— Má atitude de amigo. — Lizzie disse em tom de desaprovação.
— Sim. — Josie sussurrou, olhando para o teto.
— Só... Esqueça ela. — Lizzie disse gentilmente. — Concentre-se em alguém novo. Uma boa paixonite vai equilibrar você.
— Ou, Jo, você pode tirar um tempo para si mesma, se encontrar e se curar. — eu ofereci.
— Estou de olho no Rafael. — Lizzie anunciou, me fazendo suspirar para mim mesma. — Se ele falar comigo de novo depois que eu for um show de horrores.
Lizzie se aproximou de mim, colocou a cabeça no meu ombro e estendeu a mão por cima de mim para agarrar Josie também, então estávamos todas nos abraçando de forma um tanto estranha. Abracei e segurei minhas duas irmãzinhas firmemente, dizendo a elas sem palavras que as amava e que sempre estava lá.
No dia seguinte, o caos se instalou.
— Por dez anos, passamos despercebidos. — papai estava dizendo. — Proteger vocês, proteger nosso segredo tem sido nossa missão singular. Hoje à noite, preciso de sua ajuda para encontrar Landon Kirby... Antes que ele nos exponha a todos.
Sussurros baixos encheram a sala imediatamente depois.
Pouco tempo depois desse anúncio, um ônibus - com Landon Kirby e a faca sobrenatural que ele roubou - pegou fogo.
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